quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Batata à Milanesa


Ingredientes:
2 batatas grandes sem casca em rodelas;
2 ovos;
Sal a gosto;
50 g de queijo parmesão ralado;
2 xícaras de farinha de rosca;
óleo para fritar;

Modo de preparo:
Em uma panela com água, cozinhe as batatas por 10 minutos e reserve. Com um garfo, bata os ovos, o sal e o parmesão. Passe as batatas nessa mistura e na farinha de rosca. Frite-as em óleo quente por 10 minutos ou até dourar. Escorra em papel-toalha e decore com folhas de salsa.

DICA: óleo quente
Para saber se o óleo está no ponto,
coloque nele um palito de fósforo.
Quando ele acender, retire-o e comece a fritura.

CD - Liu e Leo 50 anos



cd - viola e amigos 2012 - zé henrique e gabriel



viola minha viola 22-05-11 parte 2 cantores que ja passaram por viola minha viola ao longo de 31 anos



terça-feira, 31 de julho de 2012

FRANGO ESPECIAL


Ingredientes

3 colheres de óleo
1 cebola picada
2 dentes de alho
2 peitos de frango cozido e desfiado
1 lata de Pomarola
1 lata de milho verde
sal e molho de pimenta a gosto
8 azeitonas picadas
3 colheres de salsa picada
½ xícara de requeijão cremoso
3 colheres de queijo ralado
2 colheres de farinha de rosca

Modo de Preparo

Frite o alho e a cebola no óleo, junte o frango desfiado e a pomarola. Acrescente o milho verde, o sal e a pimenta. Cozinhe por 5 min. e acrescente as azeitonas, a salsa e retire do fogo. Junte o requeijão e coloque em um refratário. Misture o queijo ralado com a farinha de rosca, salpique e leve ao forno parra gratinar.

Xinxim de Galinha


Ingredientes:

1 galinha de tamanho médio
300 gramas de camarões secos, descascados e triturados
1 cebola grande ralada
1 colher (sopa) de gengibre ralado
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 colher (sopa) de azeite-de-dendê
azeite-de-dendê a gosto, na hora de servir

Modo de fazer:

Limpe a galinha, corte em pedaços e tempere a seu gosto. Deixe no tempero durante algumas horas. Leve para cozinhar cuidando para que não fique esbagaçada. Junte então os camarões secos, descascados e bem triturados, a cebola, o gengibre, o azeite de oliva e apenas 1 colher de azeite-de-dendê. Se ficar muito seco, junte água quente aos pouquinhos, até umedecer. Na hora de servir, acrescente mais azeite-de-dendê. Sirva com arroz brando.

LEITÃO À PURURUCA


Ingredientes

1,2 kg de leitão (costela, paleta, pernil)
2 colheres (sopa) de sal
4 dentes de alho picados
1 colher (chá) de pimenta do reino moída
1 colher (sopa)de bicarbonato de sódio
1 copo (tipo americano) de vinagre de vinho tinto
cheiro verde a gosto
1 cebola picada
10 folhas de louro
1 litro de água
óleo para fritar (cerca de 4 litros)

Modo de Preparo

Numa tigela coloque o leitão e tempere com todos os ingredientes, junte a água e deixe marinando por 4 horas em recipiente fechado. Após esse período, coloque numa panela os pedaços do leitão e a marinada.  Cozinhe em fogo médio por + 25 min.  Retire os pedaços do leitão da panela  e coloque na geladeira para esfriar.  Depois frite os pedaços do leitão numa panela com óleo bem quente (180º) por 3 min. Retire do óleo e deixe esfriar novamente. Em seguida frite em óleo quente (180º ) até pururucar. Obs: o bicarbonato ajuda  a pururucar melhor

domingo, 29 de julho de 2012

JOAOZINHO DESATENTO NA ESCOLA

No meio da aula de matemática a professora vê que Joãozinho está desatento e resolve fazer uma pergunta:
— Joãozinho! Quantos ovos tem 1 dúzia?
— Não sei, Fessora!
— Muito bonito, né? Você tem que prestar mais atenção na aula!!
— Pode deixar, fessora! Será que eu posso fazer uma pergunta pra senhora também?….
— Pode! — responde ela, desconfiada. — O que você quer saber?
— A senhora sabe quantas tetas tem uma porca?
— Não! — respondeu a professora, pensativa.
— Viu, Fessora? A senhora me pegou pelos ovos e eu te peguei pelas tetas! He, he!



PIADAS

O visitante vai passando pelo corredor do hospital, quando vê o amigo saindo disparado, cheio de tubos, da sala de cirurgia. - Onde é que você vai, rapaz? - Tá louco, cara. Eu vou é cair fora! - Mas qual é, rapaz! Uma simples operação de apendicite. Você tira isso de letra. - Era o que a enfermeira estava dizendo lá dentro: Uma operaçãozinha de nada, rapaz! Você tira isso de letra! Vai fundo, cara!. - Então, por que você esta fugindo? - Porque ela estava dizendo isso para o medico que ia me operar!

PIADAS


O doutor está ocupado. Um jovem médico, recém-formado, montou seu consultório modesto e, enquanto esperava a clientela, ficou imaginando uma maneira de promover-se. Quando, afinal, apareceu o primeiro cliente, ele já estava preparado. Assumiu um ar ocupadíssimo, fez sinal para que o visitante aguardasse um momento e fingiu que estava respondendo a um telefonema urgente. - Sinto muito, governador, mas é impossível. Amanhã cedo tenho que ensinar uma cirurgia cardíaca para uma nova equipe, à tarde dou aulas na faculdade e à noite estou embarcando para um congresso em Nova York ... Finalmente, voltando-se para o visitante: - Em que posso servi-lo? - O senhor me dá licença que eu vim instalar o telefone.

Arroz ao forno com calabresa


INGREDIENTES
02 xícaras (chá) de arroz cru
02 colheres (sopa) de óleo
01 dente de alho bem amassado
01 cebola pequena em cubos
250g de lingüiça calabresa em rodelas
100g de cenoura em cubos médios
100g de vagem em rodelas
½ pimentão vermelho em cubos
Sal a gosto
02 ½ xícaras(chá) de água fervente
MODO DE PREPARO
Em uma forma oval (29x20 cm) colocar os ingredientes mexendo bem. Acrescentar o sal a água fervente e despejar na forma. Cobrir com papel alumínio e levar ao forno pré-aquecido a 250º por mais ou menos 40 minutos, ou até que o arroz já esteja cozido.

CD RODEIO UNIVERSITÁRIO 2011 MARCO BRASIL



Sobremesa de domingo


  • 01 Pote de geléia de morango
  • 500ml de leite
  • 01 Colher de sopa de amido
  • 03 Cxs. de creme de leite
  • 01 Cx. De leite condensado
  • 02 Pacotes de biscoitos recheados sabor morango
  • 02 Barras de chocolate meio amargo
  • 04 Claras em neve
  • 04 Colheres de sopa de açúcar
  • 01 Pacote de confete de chocolate.

Modo de preparo

Misture a geléia com o amido, o leite e o leite condensado
Misture bem e leve ao fogo, mexendo até ficar cremoso
Reserve.
Quebre o chocolate, misture com 2 cxs
De creme de leite e leve ao banho Maria para derreter
Reserve.
Bata as claras em neve
Acrescente as colheres de açúcar bata bastante e misture depois com o creme de leite.
Monte a sobremesa: Num recipiente de sua preferência coloque metade do creme de morango, metade dos biscoitos picados
Cubra com o chocolate
Coloque a outra metade dos biscoitos e por último o creme de claras
Decore com os confetes de chocolate.
Leve ao refrigerador por 6 horas antes de servir.

CD Sertanejo Pra Namorar - 2012 Som Livre Read more at http://www.4shared.com/rar/Hd7AGbrc/CD_Sertanejo_Pra_Namorar_-__20.html#zgJSTqMCODxLqHrg.99



RECEITA PARA O ALMOÇO DE DOMINGO

 Macarrão com peito de chester e ricota gente essa receita é da perdigão,achei no livro aqui em casa:


250g de peito de chester
1 pacote da macarrão tipo fetuccine
água e sal para cozinhar
3 xícaras de ricota fresca
1 xícara de creme de leite
1 xícara de mussarela ralada
1 xícara de tomate seco picado
3 colheres de salsa picada
Molho
1 colher de sopa de margarina cremosa
3 colheres de sopa de cebola picada
680g de molho de tomate
1 tablete de caldo de carne
1 colher chá de molho de pimenta
1 xícara de vinho tinto
1 colher de café de açúcar
1 xícara de chá de creme de leite
Parmesão ralado para polvilhar
Modo de Preparo 
Corte o peito de chester em tirinhas e junte a ricota esfarelada, a mussarela, o tomate seco, o creme de leite e a salsa.Misture bem e reserve.
Refogue a cebola na margarina,acrescente o molho de tomate, o caldo de carne,molho de pimenta,molho de tomate,vinho e açúcar. Deixe apurar,retire do fogo,junte o creme de leite e cubra o macarrão já cozido com uma parte desse molho. Acrescente a cobertura reservada, o restante do molho, polvilhe o parmesão e leve ao forno para gratinar.
E ai meu povo é correr pra mesa!!!! ele é muito gostoso

sábado, 28 de julho de 2012

Macarrão Fim de Noite


  • 500 gr de macarrão talharine n.3
  • 500 gr de mussarela
  • 500 gr de presunto
  • 500 ml de leite
  • 1 bandeja de filezinho de frango
  • 1 lt de milho
  • 1 lt de champion
  • 1 lt de creme de leite
  • 2 cp de requeijão cremoso
  • 8 dente de alho
  • sal a gosto
  • acafrão a gosto
  • oleo a gosto

modo de preparo


Colocar o macarrão para conzinhar, enquanto conzinha o macarrão, prepare os filezinhos cortado em cubinho, usando o alho, sal, acafrão e oleo, enquanto conzinha, prepare os outros ingredientes: corte o presunto e a mussarela, em cubinhos, junte com todos os outros ingredientes, deixando somente um copo de requeijão.
Depois do frango cozido, junte com o macarrão e todos os outros ingredientes, coloque em uma assadeira de vidro, coloque o outro requeijão passando por cima, leve ao forno por uns 20 minutos ate que derreta o queijo.

Batida de cerveja


  • 1 garrafa(s) de cerveja
  • 1 lata(s) de leite condensado Mococa
  • 500 ml de cachaça
  • quanto baste de gelo em cubos médios

Bater todos os ingredientes no liqüidificador . Servir em copos para batida ou água.

RECEITA DO DIA


Pão de Mel

  • 2 xícaras (chá) de leite
  • 3/4 de xícara (chá) de mel
  • 2 xícaras (chá) de açúcar mascavo
  • 2 colheres (sopa) de margarina
  • 2 ovos
  • 2 colheres (chá) de canela em pó
  • 1 colher (chá) de cravo moído
  • 1 colher (chá) de gengibre em pó
  • 3 xícaras (chá) de farinha de trigo
  • 2 colheres (chá) de bicarbonato de sódio

    MODO DE PREPARO

    1. Bata todos os ingredientes no liquidificador, menos o bicarbonato
    2. Unte e enfarinhe 30 forminhas de pão de mel n°2
    3. Junte o bicarbonato na massa e ligue o liquidificador só para misturar
    4. Despeje a massa nas forminhas e leve ao forno pré-aquecido, por 25 minutos na temperatura de 180ºC
    5. Recheie com doce de leite e banhe cada um com cobertura de chocolate 50% ao leite e 50% meio amargo

joao bosco e vinicius - grandes sucessos 2012 Read more at http://www.4shared.com/zip/icrwdsaj/joao_bosco_e_vinicius_-_grande.html#k6W0T4XTm0eIgQxp.99



Thaeme e Thiago - CD Completo


CD SERTANEJO UNIVERSITARIO 2012 SO AS MELHORES



sexta-feira, 27 de julho de 2012

TRISTEZA DO JEKA


O MENINO DA PORTEIRA


Sérgio Reis: um sertanejo sossegado

Ícone da música sertaneja diz que uma fazenda também pode ser um ótimo investimento para quem quer apenas descansar


Quando ganhou sua primeira viola, aos dez anos de idade, o pequeno Sérgio Reis não imaginava que se tornaria um ícone da música sertaneja no Brasil. Nascido na capital paulista, não tinha nenhuma ligação com o interior. Sua referência caipira mais próxima era a dupla Tonico e Tinoco, sucesso nos anos 1960, de quem tirou suas primeiras influências musicais. Hoje com 69 anos de idade, 76 discos lançados e mais de 20 milhões de cópias vendidas, o velho Sérgio Reis já pode ser apontado como a maior estrela country em atividade no País.
Mas nem sempre foi assim. No início da carreira, chegou a tocar bolero e participou dos primeiros shows da jovem guarda, e a grande virada veio em 1973, quando foi convidado para estrelar a primeira versão do filme O menino da porteira, grande sucesso de bilheteria que fez com que ele se tornasse do dia para a noite um símbolo do homem do campo. Depois do filme, se viu obrigado a deixar os outros estilos de lado para se dedicar exclusivamente à música sertaneja.
Com o tempo - e as viagens pelo interior do Brasil - foi pegando gosto pela coisa, até que um dia decidiu virar fazendeiro. Com o dinheiro ganho na música, comprou terras em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e começou a criar gado. Chegou a ter um rebanho com mais de três mil cabeças de nelore, vendidos para os frigoríficos da região, num esquema bem estruturado. "Era tudo criado a pasto, com um manejo de primeira, o que o pessoal chama hoje de boi verde", conta o cantor, mostrando intimidade com a atividade.
O problema era mesmo a falta de tempo. Com shows praticamente todos os dias - e por todo o Brasil -, ir para o Mato Grosso era uma missão quase impossível. Mesmo assim ele manteve o negócio por anos a fio. Hoje em dia, no entanto, já não quer mais dor de cabeça. "Tocar uma fazenda dá muito trabalho. É preciso ficar em cima para que o negócio vá bem, mas como a fazenda é muito longe e minha agenda muito cheia, já não dá mais", diz ele, que vendeu duas das propriedades e acabou com seu gado de corte.
Para Sérgio Reis, sua fazenda de quase cinco mil hectares no Pantanal agora é um lugar usado exclusivamente para o descanso. Porém, admite que isso pode mudar em breve. Sempre atento às oportunidades, viu nas florestas de pinus uma boa opção de investimento a longo prazo e revela que pode vir a investir na cultura em breve. "Madeira sempre foi um bom negócio. O problema é que o brasileiro é muito imediatista. Este é um negócio para dez anos", completa o sertanejo, que vem estudando o negócio há algum tempo.
Enquanto não entra para a silvicultura, o cantor segue sua rotina de shows, novelas e campanhas publicitárias. Atualmente se prepara para lançar um CD voltado ao público latino, faz participações especiais na novela Paraíso, da Rede Globo, e estrela uma campanha das botinas Beretta. Mais country, impossível.
Samir Baptista/Ag. Istoé
Sérgio Reis: "Cheguei a ter um rebanho a pasto de três mil bois, mas a atividade hoje é incompatível com a minha agenda profissional"

CD COLETANIA DE MODA DE VIOLA



MUSICA SERTANEJA JUNTO UM VIDE O CAIPIRA DE GRAVATA ZE MULATO E CASSIANO

Musica Sertaneja
O termo sertanejo, do qual a expressão música sertaneja deriva, significa o habitante do sertão nordestino, isto é, a região seca do Nordeste brasileiro. Entretanto, o gênero Música Sertaneja, se refere atualmente não à música da região sertaneja, mas à música originalmente produzida e consumida na área cultural caipira, localizada ao Sul da área sertaneja. É comum o movimento de pessoas do Nordeste em direção a São Paulo por ocasião das secas muito intensas, para retomar quando volta a chover no sertão. Algumas pessoas fazem este percurso de ida e volta para São Paulo diversas vezes, enquanto outras se instalam em algum ponto da rota. A música também viaja nas duas direções. Os cantadores nordestinos levam para São Paulo a sua voz áspera, cantando como bardos medievais, cantigas épicas, e improvisando duelos musicais nas praças e feiras4.

O que é mais evidente acusticamente ao examinarmos a trajetória da música sertaneja no Brasil é: 1) a crescente internacionalização do gênero pela incorporação de ritmos e roupagens, da moda de viola à balada, da sonoridade caipira ao som orquestral por um lado, e 2) a coexistência de modos de produção artesanal e industrial -na produção e consumo local e comunitário ao lado da construção de modelos padronizados e de consumo massivo- por outro. A pesquisa etnográfica acrescenta dados que podem sugerir novas possibilidades de leitura de um quadro que poderia se chamar de "local globalizado" para usar uma expressão de Néstor García Canclini (1996:85). Como descrevemos abaixo, na música sertaneja se articulam elementos híbridos, procedentes da indústria musical transnacional com estilos de performance tradicionais. No entanto, enquanto os ritmos e arranjos se atualizam o estilo vocal e caráter épico narrativo das letras permanece.

Quando voltam de São Paulo, costumam levar para o sertão, rádios, e um repertório de modas-de-viola, que aprenderam com trabalhadores paulistas que tinham também migrado, mas da zona rural do estado, em busca de melhores condições de vida. A expressão música sertaneja se tomou conectada à música de todos estes migrantes, incluindo o migrante nordestino e o migrante caipira.

Outra rota de migração que influenciou muito a trajetória da música sertaneja foi o circuito dos circos, que faziam temporadas por todo o interior da zona caipira, adentrando-se pelo Paraguai, e absorvendo em seu repertório músicos, instrumentos e a música paraguaia (a harpa, a polca paraguaia e a guarânia). O circo era um dos locais privilegiados para a performance da música caipira, pois sempre abria espaço para a apresentação de artistas locais nos seus espetáculos; muitos artistas de música sertaneja começaram suas carreiras se apresentando nos circos itinerantes. Outros espaços para performance eram a abertura de shows de outras duplas e a apresentação ao vivo em rádios AM, até que surgisse a possibilidade de profissionalização com a gravação em disco5.

A música sertaneja surgiu em 1929, quando Cornélio Pires começou a gravar "causos" e fragmentos de cantos tradicionais rurais da região cultural caipira. Na época conhecido como música caipira, hoje denominado música sertaneja, o gênero se caracteriza pelas letras com ênfase no cotidiano e maneira de cantar. Tradicionalmente a música sertaneja é interpretada por um duo, geralmente de tenores, com voz nasal e uso acentuado de um falsete típico, com alta impedância e tensão vocais mesmo nos agudos que alcança às vezes a extensão de soprano. O estilo vocal se manteve relativamente estável, desde suas primeiras gravações, enquanto a instrumentação, ritmos e contorno melódico gradualmente incorporaram elementos estilísticos de gêneros disseminados pela indústria musical. Estas modificações de roupagem e adaptações no conteúdo temático anteriormente rural e agora urbano consolidaram o estilo moderno da música sertaneja, que nos anos 80 se toma o primeiro gênero de massa produzido e consumido no Brasil. Os estilos tradicionais e modernos convivem e dividem o espaço de consumo, músicos "de raiz" como Pena Branca e Xavantinho atuando nos circuitos de sala de concerto e shows universitários enquanto Leandro e Leonardo se apresentam em feiras e shows massivos.

A história da música sertaneja pode ser dividida em três fases, levando em consideração as inovações que vão sendo introduzidas no gênero. De 1929 até 1944, como música caipira ou música sertaneja raiz; do pós-guerra até os anos 60, numa fase de transição; e do final dos anos 60 até a atualidade, como música sertaneja romântica. Na primeira fase os cantadores interpretavam modas-de-viola e toadas, canções estróficas que após uma introdução da viola denominada "repique" falavam do universo sertanejo numa temática essencialmente épica, muitas vezes satírico-moralista e menos freqüentemente amorosa. Os duetos em vozes paralelas eram acompanhados pela viola caipira, instrumento de cordas duplas e vários sistemas de afinação (como cebolinha, cebolão, rio abaixo) e mais tarde também pelo violão. Artistas representativos desta tendência, mesmo que gravando em época posterior, são Cornélio Pires e sua "Turma", Alvarenga e Ranchinho, Torres e Florêncio, Tonico e Tinoco, Vieira e Vieirinha, Pena Branca e Xavantinho.

Os intérpretes mais famosos de música caipira são o duo Tonico e Tinoco. Em 1946, eles gravaram «Chico Mineiro», de Tonico e Francisco Ribeiro (Continental 15.681), um clássico da música caipira que narra a história de um boiadeiro que descobre ser irmão de seu vaqueiro (Chico Mineiro). Mas este parentesco só é revelado após a morte de Chico. Tonico e Tinoco, em sua performance usam somente a viola caipira e o violão acústico como instrumentos acompanhadores, e como todas as duplas de música sertaneja raiz cantam toda a peça num dueto com vozes paralelas num intervalo de terça. Uma narrativa típica descreve a dureza da vida no sertão e o caráter reservado do sertanejo. Os personagens principais da música caipira são ou vaqueiros, ou os animais com quem o vaqueiro lida no seu cotidiano: gado, mulas, pássaros, etc. O caráter das peças é épico nas narrativas que falam da vida, morte, e fatalidades da vida no sertão ou interior.

Ex: «Chico Mineiro» de Tonico & Francisco Ribeiro [1946]. In Tonico e Tinoco, Os Grandes SI/cessas de Tonico e Tinoco, 1983.

Fizemo' a última viaje'
Foi lá pro sertão de Goiás
Fui eu e o Chico Mineiro
Também foi o capataz

Viajemo muitos dias
Pra chegar a Ouro Fino
Aonde nós passemo a noite
Numa festa do Divino

Após a guerra introduzem-se instrumentos (harpa, acordeom), estilos (duetos com intervalos variados, estilo mariachi) e gêneros (inicialmente a guarânia e a polca paraguaia e mais tarde o corrido e a canção ranchera mexicanos). Surgem novos ritmos como o rasqueado (andamento moderado entre a polca paraguaia e a guarânia), a moda campeira e o pagode (mistura de catira e recortado). A temática vai ficando gradualmente mais amorosa, conservando, no entanto um caráter autobiográfico. Artistas desta fase de transição são Cascatinha e Inhana, José Fortuna (adaptador da guarânia), Luizinho, Limeira e Zezinha (lançadores da música campeira), Nhô Pai (criador do rasqueado), Irmãs Galvão, Irmãs Castro, Sulino e Marrueiro, Palmeira e Biá, Tião Carreiro (criador do pagode) e Pardinho e, já na década de 70, Milionário e José Rico.

Nos anos 40, duos urbanos (como as irmãs Castro) começaram a incluir no seu repertório corridos e rancheras mexicanas, e guarânias e polcas paraguaias. A característica básica da guarânia é a flutuação rítmica de compassos binário e ternário, que ocorre alternada ou simultaneamente na peça; a polca paraguaia, apesar de ter instrumentos que tocam em compasso ternário simples, enfatiza a batida binária. O ritmo da polca paraguaia permaneceu basicamente inalterado no seu trajeto de contato com a música sertaneja, enquanto que a guarânia tem sido simplificada para um ternário mais regular na produção brasileira. "Fio de cabelo" analisada abaixo é um exemplo de guarânia.

Na década de 50, a incorporação do estilo mariachi mexicano foi intensificado pelo sucesso, no Brasil, do cantor Miguel Aceves Mejia (que também popularizou outra forma que foi também abrasileirada e que influenciou muito a música brasileira popular -o bolero). A dupla Milionário e Zé Rico, que conseguiu muita evidência principalmente na década de 70, introduziu no seu estilo muito da tradição mexicana: usam floreios de violino e trompete para preencher espaços entre frases, e golpes de glote que produzem uma qualidade soluçante na voz. Uma composição e performance muito bem sucedida do duo é a canção ranchera «Estrada da Vida» de José Rico, onde os artistas contam sua autobiografia, longa e difícil segundo a música12.

Ex : "Estrada da Vida" de José Rico. In Milionário e José Rico, 1988.

Nesta longa estrada da vida
Vou correndo não posso parar
Na esperança de ser campeão
Alcançando o primeiro lugar

Mas o tempo cercou minha estrada
E o cansaço me dominou
Minhas vistas se escureceram
E o sinal da tormenta chegou

A fase moderna da música sertaneja inicia-se no final dos anos 60 com a introdução da guitarra elétrica e o chamado "ritmo jovem", por Leo Canhoto e Robertinho. O modelo é a Jovem Guarda, sendo que um de seus integrantes, Sérgio Reis, começa a gravar o repertório tradicional sertanejo, contribuindo para a penetração mais ampla do gênero. Nesta modalidade de música sertaneja os cantores alternam solos e duetos para apresentar canções, muitas vezes em ritmo de balada, que tratam principalmente de amor romântico, de clara inspiração urbana. Algumas canções classificadas como sertanejas nas paradas de sucesso são às vezes interpretadas totalmente por solistas dispensando o recurso tradicional da dupla. Os arranjos instrumentais dessas músicas adicionam instrumentos de orquestra além da base de rock, já incorporada ao gênero. Artistas representativos desta última tendência são Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, Christian e Half, Trio Parada Dura, Chico Rei e Paraná, João Mineiro e Marciano, Nalva Aguiar e Roberta Miranda.

No final dos anos 60 o duo Leo Canhoto e Robertinho introduziram a guitarra elétrica na música sertaneja, começando uma tendência seguida por vários músicos. «Soldado sem farda» de Leo Canhoto, é um exemplo típico: instrumentação básica de rock (guitarra elétrica, baixo elétrico, e bateria) e a batida chamada de «ritmo jovem». A canção, escrita durante a ditadura militar, argumenta que o trabalhador rural é tão defensor da pátria quanto o «soldado fardado».

Ex: «Soldado sem farda» de Leo Canhoto. ln Leo Canhoto e Robertinho, 1981.

Cantando estes versos eu quero falar
Do soldado sem farda que é nosso irmão
Soldado sem farda é você lavrador

Que derrama o suor com suas próprias mãos
Soldado sem farda aqui vai o abraço
Das forças armadas da nossa nação
Aceite também o abraço dos artistas
Do rádio, do disco e da televisão

Um marco na música sertaneja romântica é a canção «Fio de Cabelo» de Marciano e Darcy Rossi, interpretada pela dupla Chitãozinho e Xororó. A canção menciona um fio de cabelo encontrado num paletó, um remanescente de uma relação amorosa. É escrita em ritmo de guarânia, que como disse acima, foi incorporado ao gênero.

O estilo musical de «Fio de cabelo» se encontra bastante distante da tradicional música caipira. Enquanto as modas e toadas caipiras têm um contorno melódico mais próximo da linguagem falada, a melodia ondulada da música sertaneja romântica cobre uma extensão grande de notas. Enquanto os cantadores caipiras narram suas canções épicas e bucólicas, acompanhados por viola e violão acústicos, os cantores de música sertaneja romântica, interpretam suas canções de amor acompanhados por uma orquestra de dança (cordas, sopros, bateria, guitarra elétrica e ou teclado eletrônico, e baixo elétrico).

Ex: "Fio de Cabelo" de Marciano & Darci Rossi. In Chitãozinho e Xororó, 1982.

Quando a gente ama, qualquer coisa serve, para relembrar
Um vestido velho da mulher amada, tem muito valor
Aquele restinho, do perfume dela que ficou no frasco
Sobre a penteadeira mostrando que o quarto
Já foi o cenário de um grande amor

E hoje o que eu encontrei me deixou mais triste
Um pedacinho dela que existe
Um fio de cabelo no meu paletó
Lembrei de tudo entre nós, do amor vivido
Aquele fio de cabelo comprido
Já esteve grudado no nosso suor

Nos anos 80, a balada internacional encontra uma afinidade muito grande no meio artístico da música sertaneja. A balada é uma canção sentimentalerótica, disseminada pela indústria cultural, cujo interprete internacional mais famoso no Brasil é Júlio Iglesias. A balada é escrita geralmente num compasso quaternário composto (12I8), tem uma melodia ondulada bastante ampla, e usa freqüentemente um acompanhamento harpejado feito por piano e cordas. A canção «Seu amor ainda é tudo», de Moacir Franco, na interpretação da dupla João Mineiro e Marciano exemplifica bem esta tendência.

Ex: “Seu amor ainda é tudo” de Moacir Franco. In João Mineiro e Marciano, Os lnimitáveis, c. 1987.

Muito prazer em revê-Ia, você está bonita
Muito elegante, mais jovem, tão cheia de vida
Eu ainda falo de flores e declamo o seu nome
Mesmo meus dedos me traem e disco o seu telefone
É, minha cara, eu mudei minha cara
Mas por dentro eu não mudo
O sentimento não para, a doença não sara
Seu amor ainda é tudo, tudo

Daquele momento até hoje, esperei você
Daquele maldito momento até hoje, só você
Eu sei que o culpado de não ter você, sou eu
E esse medo horrível de amar outra vez, é meu.

Houve uma internacionalização gradativa do gênero, desde as modas tradicionais passando pela adição de ritmos paraguaios ou de inspiração paraguaia (guarânia, rasqueado e polca), latino-americanos (canção ranchera, corrido, e bolero mexicanos), influenciados pelo rock (o chamado ritmo jovem), para chegar na utilização de um gênero transnacional, a balada.

O que fica mais aparente numa análise estritamente "musical" da música sertaneja é esta modernização na incorporação de ritmos e instrumentos além da mudança, aparentemente radical, da temática rural para a temática urbana, como podemos observar nos trechos transcritos acima. No entanto, ao pesquisarmos o público constituinte da música sertaneja – seus aficionados e especialistas – passamos a ter uma idéia um pouco diferente do seu significado estético: O que torna a música sertaneja de boa qualidade para seus aficionados não são melodia, harmonia, ritmo, instrumentação ou forma, categorias musicológicas usuais para a análise da música popular, mas, principalmente, o estilo vocal dos cantores no que chamam de "voz", além da relação letra-música. A unidade estilística da música sertaneja é conseguida pelo uso consistente do estilo vocal tenso e nasal e pela referência temática ao cotidiano, seja rural e épico na música sertaneja raiz, seja urbano e individualista na música sertaneja romântica. Deste modo podem ter qualidade tanto Tonico e Tinoco ou Pena Branca e Xavantinho quanto Chitãozinho Xororó ou Leandro e Leonardo, pela habilidade que demonstram em lidar com suas vozes dentro de um estilo específico, e pela coerência interna das letras que remetem a um cotidiano histórico.

A internacionalização crescente da "roupagem" da música sertaneja em parte tem acompanhado o processo acelerado de urbanização por que tem passado a cultura rural além da própria migração intensa do homem do campo para as cidades. Nas palavras de João Marcos Alem: "As práticas desta nova rural idade são tomadas como base de uma indústria simbólica emergente que revaloriza e resignifica as identidades das culturas rústicas e rurais, outrora estigmatizadas sob os signos do atraso, do tradicionalismo e da nostalgia". Passamos a seguir a fazer algumas conexões iniciais e exploratórias sobre este processo de internacionalização no contexto da globalização dos mercados.

Krister Malm (1993) avalia a interação musical entre tradições musicais - processo que foi profundamente afetado pelos desenvolvimentos tecnológicos, econômicos e organizacionais ligados à industria musical – a classificando em quatro níveis de integração ao sistema industrial musical transnacional. São eles:

1. Troca cultural, que ocorre no nível pessoal com o contato informal. Na música sertaneja este processo é comum na sua primeira fase, a da música sertaneja raiz, período de consolidação do gênero e também na sua fase de transição quando guarânias e polcas paraguaias são adaptadas ao estilo, em grande parte através da circulação de músicos nos circuitos de circo na região sudoeste/sudeste brasileira e Paraguai.

2. Dominação cultural, quando uma cultura se impõe a outra numa maneira mais ou menos organizada, corno aconteceu no processo de catequização missionária nas Américas hispânica e ibérica.

3. Imperialismo cultural, onde o processo de dominação é aumentado pela transferência de recursos do grupo dominado para o dominante, como no caso de copyright, lucro e músicos talentosos.

4. Transculturação, combinação de elementos estilísticos heterogêneos, dentro do sistema industrial, com o objetivo da criação de estilos musicais, que sejam o menor denominador comum, para o maior mercado possível. Na música sertaneja ocorre transculturação no caso da balada internacional, que é muito utilizada na fase moderna do gênero, a partir de 1980.

Apesar da inserção da música sertaneja numa estrutura de produção industrializada existem determinados comportamentos que fogem a um modelo racional globalizado. Baseamo-nos para esta análise no estudo de Renato Ortiz, que trata no seu livro Mundialização e Cultura (1994) da temática cultural no contexto da sociedade global. Segundo Ortiz a cultura de consumo [...] "se transformou numa das principais instâncias mundiais de definição de legitimidade dos comportamentos e dos valores" (Ortiz 1994:10). Quer dizer, o "sucesso" comercial legitima a manifestação cultural... A música sertaneja, anteriormente relegada aos "acordes da aurora" (Caldas 1977), os programas matutinos nas rádios AM, com o "boom" dos anos 80 toma-se aceitável, "legítima" representante de uma nova rural idade, uma ruralidade moderna, de uma nação com raízes rurais, mesmo que na era industrial.

Como diz Ortiz globalização é um fenômeno emergente, um processo ainda em construção. Ele faz inclusive uma distinção entre internacionalização, o aumento da extensão geográfica das atividades econômicas através das fronteiras nacionais e globalização, forma mais avançada e complexa/da internacionalização, implicando certo grau de integração funcional entre as atividades econômicas dispersas (Ortiz 1994:15). Pode-se falar de globalização quando a "produção, distribuição e consumo de bens e de serviços [estão] organizados a partir de uma estratégia mundial, voltada para um mercado [também] mundial" (Ortiz 1994:16).
No Brasil, a estratégia da indústria musical é mundial (especialmente nos esquemas de distribuição, controlados pelas transnacionais), mas a produção e consumo se desenvolvem de forma diferenciada.

A implantação de uma estrutura industrial, que permitisse a emergência de uma produção de massa, começa a se estabelecer nos anos 60, no país, mas não existe, ainda, uma estrutura de mercado, um público consumidor grande. Este público de massa só se estabelece nos anos 80, quando a população urbana chega a 70%, número inverso da década de 50, quando a implantação de parques industriais (processo já iniciado nos anos 30 no Estado Novo) começou a incentivar a migração intensa das populações rurais. Quer dizer, nos anos 60, havia a condição de produzir industrialmente, mas não havia uma rede consolidada de consumo. Esta brecha do sistema permite o estabelecimento de gêneros "sofisticados" no mercado (bossa nova, Tropicália, música de festivais, e depois, a chamada MPB), isto é, produtos feitos para um segmento do público consumidor (o segmento com poder aquisitivo para discos, a juventude universitária).

Nos anos 80, este mesmo público estaria consumindo o chamado "Rock Brasileiro", enquanto a maior parte da população, o chamado "povão", de uma migração recente do campo para a cidade, consome o primeiro gênero de massa a se estabelecer no Brasil, que é a música sertaneja. Ao lado da urbanização acrescentem-se fatores que são, em parte, decorrentes deste novo cenário nas cidades (maior exposição aos meios de comunicação de massa, novos padrões de sociabilidade) e, em parte, decorrentes de estratégias de ampliação de mercado (preço decrescente de aparelhos de som, gravadores, televisores e mecanismos de facilitação de crédito).

Resumindo: no Brasil, fizemos na música, o caminho inverso da economia moderna, que de acordo com Robert Reich (citado em Ortiz 1994) passaria de uma economia de “high volume” (produção "padronizada" no nível industrial, consumo de massa) para outra de “high value” (produtos direcionados a segmentos do mercado, consumo diferenciado). No Brasil a indústria musical começa segmentada para depois então se massificar, num movimento inverso ao da economia globalizada.

A música sertaneja é hoje consumida em massa, mas que surgiu como uma produção independente voltada para um público específico (ref. às primeiras gravações feitas por Cornélio Pires, dirigidas ao público do interior de São Paulo), se manteve nas fronteiras do mercado, com um consumo pequeno, mas constante (a música sertaneja se difundia principalmente pelo rádio AM; duplas se estabeleceram, como Tonico e Tinoco e vendiam pouco mas sempre). Diríamos, então, que a estrutura é globalizada, mas a produção e consumo são regionalizados.